
Certo dia, Baguera, a pantera negra, encontrou um bebê numa cesta
que flutuava no rio. No mesmo instante, levou-o para uma loba que havia
acabado de ter uma ninhada.
A loba adotou e criou o bebê como se fosse seu filho e chamou-o de
Mogli.
Quando Jângal Khan, o malvado tigre devorador de homens, soube da
existência de Mogli, saiu à sua procura com intenção de matá-lo. O
Conselho da Selva reuniu-se para tomar uma decisão.
Mogli deveria ir para a aldeia dos homens.
Baguera ofereceu-se para acompanhá-lo.
No dia seguinte, Baguera convidou Mogli para um passeio. Quando
estavam a caminho, a pantera confessou a Mogli que iria levá-lo à
aldeia para fugir de Jângal Khan. Mogli não queria ir. Ele preferia
ficar na selva, junto de sua mãe loba e de seus amigos. Mas Baguera
mostrou-se firme - eles não podiam correr riscos.
Na manhã seguinte, puseram-se de novo a caminho e encontraram Balu,
o urso mais divertido da selva. Mogli se divertiu muito e Baguera foi
embora, aborrecida.
Ela só havia dado alguns passos quando ouviu Balu gritar. Os macacos
haviam raptado Mogli e levavam-no para o antigo palácio onde vivia o
rei dos macacos.
Sem esperar, eles correram em sua ajuda. Enquanto Balu tentava
segurar os macacos, Baguera fugiu para a selva, levando Mogli às costas.
Jângal Khan aproveitou a confusão e, vendo Baguera distraída, atirou-se
sobre Mogli. Baguera não demonstrou medo e enfrentou o tigre. De
repente, ouviram uma trovoada e um grande raio caiu sobre uma árvore
morta.
Mogli pegou um galho que queimava e ateou fogo à cauda do tigre, que
fugiu a toda velocidade.
Poucos dias depois, chegaram à aldeia. Lá Mogli viu pela primeira
vez outro ser humano e ficou cheio de curiosidade. Sem pensar, ele
entrou na aldeia em busca de novas experiências. Balu e Baguera sabiam
que haviam agido corretamente e que Mogli seria feliz entre os homens.